FESTA DO NATAL
Pastor João de Oliveira
Maio/1953
“...Celebremos a festa, não com o velho fermento” 1 Co 5.8
“Não conformeis com este mundo mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus”
Rm 12.2
Rm 12.2
Há muito tempo que venho pensando e sentindo desejo de escrever algo
sobre o assunto supra. Agora, porém, a pedido de alguns colegas de ministérios,
escrevo este artigo sem pretender melindrar a quem quer que seja, mas, tão somente,
visando ao bem da obra do Senhor nosso Deus.
Tal qual eu venho encarando este assunto, muitos pastores de
responsabilidade também estão sentindo o mesmo. Muitas vezes, tenho recebido
cartas e até mesmo consultas verbais e tenho respondido com toda a sinceridade.
Entretanto propus, com auxilio do Espírito de Deus, falar mais alguma coisa
sobre a “Festa de Natal”.
Todos sabemos, através da Historia, que até o século 3 a Igreja viveu
uma vida inteiramente contraria ao espírito e aos desejos mundanos. Até mesmo
algumas das festas judaicas eram completamente estranhas e impraticáveis na
Igreja crista nos dias do apostolo Paulo(Cl 2.16), muito embora os judeus
crentes a comemorassem.
A verdadeira festa da Igreja Primitiva era o gozo no espírito aos pés de
Jesus Cristo pelo Espírito Santo. Os tenazes e contínuos sofrimentos e perseguições
aos cristãos, não os abateu; pelo contrario, eles regozijaram-se por serem
considerados dignos de padecerem pelo nome de Jesus(At. 5.41).
O gozo do céu dominava os corações e a canção dos crentes era a oração
ao Deus da Salvação; a vida da Igreja vibrava pelos testemunhos vívidos dos
salvos. Louvado Seja Deus! Porém, com o decorrer dos tempos, após a era apostólica,
algo entrou no seio da Igreja – o século 3 –, quando a mesma saiu das cavernas e das perseguições
para salões, sim, para os salões luxuosos e cheios de pompas. Passou então a
ser a senhora dominadora... nesta época, inúmeros costumes estranhos do
paganismo entraram e ficaram na Igreja, o que muito prejudicou a pureza crista
doutrinaria. Foi então que entrou, também a festa chamada Natal!
Entrou sem apoio na Bíblia e sem autoridade histórica que provasse ser
o dia 25 de dezembro a data do nascimento de Cristo.
Esse dia já era conhecido entre os pagãos com a festa do deus sol, o
que encontrou lugar dedicarem ao Sol da justiça – Jesus, baseado em Malaquias;
para agradar os pagãos. Desde então, para muitos, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro
– o natal do menino Deus, mas isso não seria nada, se ficasse somente em questão
da data. Entretanto, infelizmente, não parou ai a comemoração no Natal, mas
cresceu e tomou vulto... hoje é a festa dos banquetes profanos e da glutonaria,
festa de proclamação de falsas virtudes e também de programas comerciais. Tudo isso,
dizem: “é o natal de Jesus!”.
Nesse dia, alguns exploram em nome da caridade, para abafar a voz da consciência
pecaminosa, a necessidade alheia, repartindo entre os necessitados, num espírito
pedante e vaidoso, o que lhes sobra e não faz falta. Porém, há coisas ainda
mais graves; além de tudo isso.
Sorrateiramente outros costumes tem entrado nas igrejas, tomando
assento nos púlpitos, lugar consagrado a pregação do Evangelho. Alias, toda
igreja é local santo onde de maneira alguma deveria haver festas em forma
teatral.
E chamam a tudo isso festa do Natal. Será isso festa do Natal de Jesus
Cristo, onde aparecem os personagens bíblicos, tais como: Maria, mãe de Jesus,
Maria Madalena, os pastores com nomes fictícios, os reis magos, o rei Herodes,
Judas Iscariotes, anjos e satanás ,
enfim, uma mistura que nada tem de verdade bíblica?
Fazem presépios, armam-se arvores de Natal e mil coisas e, por fim,
dizem tivemos uma animada festa de natal!
Quantos os que não sentem temor a Deus aplaudem essas representações e pantomimas
ingênuas, o Senhor e o Espírito Santo afastam-se deixando o recinto sagrado e
os crentes não veem.
Infelizmente alguns até choram de comoção, e outros, cheios de
entusiasmo recitam sem que haja como Ezequiel ou Jeremias, que brade a porta do
Templo para os despertar pedindo misericórdia e perdão por toda essa profanação!
A festa de Natal não deve ser outra coisa senão um culto, onde crianças
possam recitar trechos bíblicos e a mocidade, inteiramente dirigida pelo Espírito
Santo possa participar ativamente no Culto, falando das reais bênçãos dos Céus,
pela salvação em Cristo, e os adultos louvem a Deus por essa data feliz.
Oh! Que Deus nos ajude a lutar e vencer nesse sentido em nome de Jesus
Cristo. Amem.
Buscando em jejum e oração o poder renovador de Deus e, caindo o fogo
no altar, desaparecera tudo e somente a gloria do Senhor permanecera! Assim
Seja!
Artigo compilado do livro: Artigos Históricos Vol. 2 pg. 52
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